terça-feira, 4 de março de 2014

ao Cabo de Sagres!






Ponta de Sagres (o étimo tem origem no latim Promontorium Sacrum, "Promontório Sagrado") é um promontório localizado a sudoeste de Sagres, no AlgarvePortugal. Fica 4 km a leste e 3 km a sul do Cabo de São Vicente, tido como o extremo sudoeste da Europa. Separa a oeste a Enseada do Belixe (que vai até ao Cabo de São Vicente) da Enseada de Sagres (mais pequena, com 1500m de largura, e que vai até à Ponta da Atalaia).
A região entre a Ponta de Sagres e o Cabo de São Vicente foi usada para fins religiosos desde a época do Neolítico, existindo meniresno concelho de Vila do Bispo, onde ambos se situam.

História

O promontório de Sagres foi sempre importante para os navegadores porque oferece abrigo às embarcações antes da perigosa navegação na zona do Cabo de São Vicente. Devido ao risco de serem empurrados pelas ondas para as falésias do Cabo, os mestre e capitães preferiam esperar condições favoráveis de vento e mar nas enseadas junto à Ponta de Sagres.

Estrabão


Ilhas do Martinhal, na Enseada do Martinhal, entrada do porto de Sagres.
Não existem certezas se foi a Ponta de Sagres, cujo nome provirá de Sacrum Promontorium, ou o vizinho Cabo de São Vicente, que era tido comopromontório sagradoEstrabão1 acreditava que o promontório era o ponto mais ocidental de "todo o mundo habitado". De facto, o Cabo de São Vicente está mais a oeste, mas, por estar mais a norte, o mapa de Estrabão da Península Ibérica é rodado no sentido dos ponteiros do relógio, ficando osPirenéus numa linha norte-sul, e pode ter sido tomado como estando mais a oeste. O ponto mais ocidental Península Ibérica e da Europa continental é oCabo da Roca, a oeste de Sintra; o mais meridional é a Punta de Tarifa, na Andaluzia.
Estrabão diz que Artemidoro menciona três ilhas a proteger locais de ancoragem nesse ponto. Nenhuma parte do Cabode São Vicente corresponde a essa descrição, mas no lado oriental da Ponta de Sagres há um porto (hoje o moderno porto de Sagres) com antigas estruturas protegidas por quatro pequenos ilhéus em fila (já na Enseada do Martinhal, os chamados Ilhotes do Martinhal). Estrabão afirmava que tinham forma de navio.
Estrabão também afirma que Artemidoro relatava que não havia templos no promontório sagrado, apenas pedras. De acordo com os costumes, as pedras oscilantes devem ser rodadas pelos visitantes, uma libação vertida, e as pedras rotadas para as suas posições originais. Os sacrifícios não eram permitidos, nem a pernoita no local, afirmando-se que era quando os deuses vinham. Não havia água, e tinha de ser trazida pelos visitantes.

Henrique, o Navegador


Fortaleza de Sagres
Quando o Infante D. Henrique, filho de D. João I e duque de Viseu, iniciou as suas explorações, deu começo às Era dos Descobrimentos na suaVila do Infante, já que a península de Sagres não tinha os requisitos para tal empreitada. Havia pouca água potável, a agricultura era residual, havia falta de madeira para a construção naval, não havia porto de águas profundas, e a população era muitíssimo reduzida. O Infante repovoou uma aldeia chamada Terçanabal, que ficaria deserta devido a ataques de pirataria contínuos a partir do mar. A aldeia situava-se num local estratégico para as suas empreitadas marítimas e mais tarde chamar-se-ia Vila do Infante.
O Príncipe Henrique empregou cartógrafos, como Jehuda Cresques, para o ajudarem a mapear as costas da Antiga Mauritânia e promoveu viagens de reconhecimento para tal. Contratou um especialista em instrumentação e cartografia, Jaime de Maiorca, de modo que os seus capitães puderam ter a melhor informação e equipamento náuticos da época. Tal conduziu à lenda da Escola Naval de Sagres (embora uma "escola" signifique aqui um grupo de estudo, e não um edifício). Nunca existiu um centro de ciências da navegação ou um observatório. O centro das expedições era Lagos, mais a leste. Só mais tarde as rotas de navegação partiriam de Belém, a oeste de Lisboa.

Placa em homenagem ao Infante D. Henrique, oferecida pela Marinha dos EUA e colocada na Fortaleza de Sagres
Foi uma época de importantes descobertas: a cartografia era tornada mais precisa graças a novosinstrumentos de medida, com versões melhoradas do astrolábio e do relógio de sol, os mapas eram actualizados e melhorados, e foi concebido um tipo revolucionário de embarcação, a caravela.
O Infante D. Henrique construiu uma capela junto da sua casa em 1459, à medida que ia passando mais tempo em Sagres ou nas proximidades nos anos seguintes. Veio a falecer em Sagres em 13 de Novembro de 1460.
A localização precisa da escola de navegação do Príncipe Henrique (em Lagos?) é desconhecida (é uma crença popular que foi destruída no Terramoto de 1755).

Fortaleza de Sagres


Rosa-dos-ventos.
Fortaleza de Sagres, também referida como Castelo de Sagres ou Forte de Sagres, localiza-se em posição dominante coroando a Ponta de Sagres.
Da sua falésia escarpada, constantemente batida pelo vento, o visitante usufrui uma deslumbrante panorâmica ao longo da costa, com destaque para as enseadas de Sagres, o Cabo de São Vicente e a imensidão do Oceano Atlântico. A própria fortificação e as suas imediações, integradas no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, oferecem a possibilidade de um olhar próximo ao património natural da costa, especialmente no que se refere à flora, abrigando algumas das espécies mais representativas da região.
A fortaleza ficou muito danificada no sismo de 1755. Foi restaurada em meados do século XX, e ainda existe um torreão do século XVI. Depois de entrar num túnel, os visitantes podem ver uma enorme rosa-dos-ventos com 43 m de diâmetro. Normalmente as rosas-dos-ventos são divididas em 32 segmentos, mas esta tem 40 segmentos (talvez um erro no restauro do século XX). É muito provavelmente bastante posterior à Era dos Descobrimentos.

Outros edifícios


Retábulo da igreja
A muitas vezes restaurada igreja de Nossa Senhora da Graça data de 1579. Substituiu a igreja original do Infante D. Henrique de 1459. Também foi danificada pelo sismo de 1755. Algumas alterações foram feitas ao edifício como a construção de uma nova torre sineira na casa do cemitério. Há ainda algumas lápides funerárias no local. Dentro da modesta igreja, um retábulo barroco do século XVII sobre o altar veio da Capela de Santa Catarina do Forte de Belixe, enquanto as estátuas policromadas de São Vicente e São Francisco vieram do convento franciscano do Cabo de São Vicente.
Junto à igreja está uma réplica de um padrão, usado pelos exploradores portugueses para reclamar a descoberta e posse de territórios que fossem descobrindo.


ao Carnaval de Loulé!







Loulé é uma cidade portuguesa no distrito de Faro, região e sub-região do Algarve, com cerca de 26.791 habitantes.

No concelho de Loulé encontram-se alguns dos locais mais cobiçados do país. Destaca-se Vilamoura que é o maior complexo turístico da Europa. Dispõe de marina, uma academia de golfe e cinco campos de golfe, um casino, várias discotecas, clube de ténis, clube de mergulho, outras instalações de lazer, uma extensa praia, e dezenas de hotéis de 5 e 4 estrelas.

Iniciada na década de 1960, Vilamoura tem uma área de 1600 hectares. O projecto arquitectónico desenvolve-se em torno da marina, e inclui centenas de vivendas distribuídas pela zona residencial, e outros empreendimentos dedicados quase exclusivamente ao turismo.


Foram três dias de festa, aproveitados por mais de cem mil pessoas. O Carnaval de Loulé, o mais antigo corso do país, voltou a ser a forma escolhida por muitos para festejar o Entrudo e divertir-se com a sátira política e social que o caraterizam.
A tarde de terça-feira foi a mais concorrida, com 40 mil pessoas encher por completo a Avenida José da Costa Mealha. Também a Batalha das Flores voltou a não deixar ninguém indiferente, sobretudo os muitos turistas que aproveitaram a estadia na região para dar um salto até Loulé e entrar na festa.
Os 15 carros alegóricos trouxeram a público o trabalho e imaginação dos artistas que trabalham no corso durante meses para pôr de pé este espetáculo. No desfile deste na, cujo tema foi o « Único e Irrevogável», a atualidade política esteve bem presente e, como sempre, os acontecimentos mais mediáticos não escaparam ao olhar crítico da organização.
As sucessivas avaliações da Troika, os desempregados de luxo como Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira ou Miguel Relvas ou as relações tensas entre Portugal e Angola e os indícios de lavagem de dinheiro por parte de altos dignatários angolanos em Portugal foram alguns dos episódios transportados para este desfile.
No ano em que se assinala o 40º aniversário do 25 de Abril, esta edição do Carnaval de Loulé relembrou também a Revolução, as figuras que marcaram as quatro décadas de democracia e a atual descrença do povo português relativamente aos ideais de Abril.
Marcado ao longo dos anos pelo carácter de solidariedade, num período de crise socioeconómica, metade da verba arrecadada com as receitas de Carnaval irá reverter para um Fundo de Emergência Social que apoiará as famílias do Concelho em maiores dificuldades. O restante será distribuído pelas associações participantes no desfile, muitas delas também com um importante apoio social à população.
«Ao contrário do que aconteceu noutros pontos do país, a ausência de chuva permitiu alcançar o número de visitantes esperados inicialmente. Em 2014, o Carnaval de Loulé afirmou-se mais uma vez como um cartaz turístico da região algarvia durante a época baixa e como um pólo dinamizador da economia local», segundo a organização, a cargo da Câmara de Loulé.